ENTRE
João Pedro Fonseca
Esta peça trata dos organismos espectrais que viajam através da invisibilidade. As conexões entre os materiais geram ecossistemas visuais e auditivos. O reflexo da luz e seu rasto de ações fragmentadas detalham a existência das coisas, realçando o resultado da deformação como um novo significado da matéria.
Os dicionários definem o animismo como a crença em espíritos ou como a atribuição de vida consciente à natureza e a objetos inanimados. Qualquer definição desse tipo levanta questões sobre a fronteira entre as coisas humanas e as coisas não-humanas, entre matéria viva e morta. A biologia, a geociência, a astronomia, a ecologia, o misticismo, e mesmo a expressão "as coisas" são universos que estruturam o nosso habitat. Através desta premissa, e de muitas questões, ENTRE tem a mutabilidade da performance e da instalação: uma massa suspensa sob um chão coberto pelo peso do tempo, uma manta de fragmentos. O peso desta matéria é articulado imageticamente em detalhes espectrais, reflexos de luz que se articulam e se desenham perante o espaço, manifestando uma fronteira onde as dimensões conscientes do ser-humano e não-humano se cruzam e os micros universos se ampliam.
Esta peça é sobre os organismos espectrais que viajam pela invisibilidade. As conexões entre os materiais geram ecossistemas visuais e sonoros. O reflexo da luz e o seu o rastro das ações fragmentadas detalham a existência das coisas, potenciando o resultado da deformação como um novo significado da matéria. Nenhuma forma deveria ser determinada como uma consciência fixa, mas sim como uma consciência em constante expansão.
natureza digital; códigos emocionais; pós-natureza; hardware fantasma; máquinas assombradas; espiritualismo cibernético; fé molecular
daslight
instalação audiovisual; performance
Criação: João Pedro Fonseca
Instalação de luz: Joao Pedro Fonseca
Performers: Joao Pedro Fonseca , Carincur, Lua Carreira
Texto: Mindy Seu - Cyberfeminsm index reading