A ação desenvolve-se em três momentos: captação e amplificação da água com microfones de contacto; ritual com maçãs — símbolos do Jardim das Hespérides e da metamorfose — em colaboração com participantes; e uma rave final, onde o público é integrado num estado coletivo e liminar. Luz LED percorre a água, o fumo dissolve fronteiras e o espaço transforma-se em organismo vivo, onde matéria, som e tecnologia se contaminam mutuamente.
Nesta atualização performativa, Atlas já não sustenta um globo imóvel, mas um planeta líquido e instável: crises ecológicas, convulsões sociais, cidades fragmentadas. A água, amplificada, converte-se em vibração e presença política, refletindo o corpo contemporâneo — poroso, múltiplo e atravessado pelo que o rodeia.
HIDRORAVE não é celebração, mas travessia: um convite a habitar o limite, reconhecer o peso comum e imaginar novas formas de resistência e transformação num mundo em constante mutação.
> datas
18-20 Setembro 2025 ⟶ Premiere Vision, Paris
1-5 de Outubro ⟶ ModaLisboa, Lisboa
> palavras-chave: pós-violência; metaviolência; viol; virus; SHADE; operador
> tecnologias utilizadas: TouchDesigner (programação visual em tempo real); patch generativo personalizado; sensores IR (infravermelhos); Daslight 5
Nuno Paiva
> sistema de interação e visuais
Bárbara Paixão
> apoio à criação
Carincur, João Pedro Fonseca
> música
Carincur, João Pedro Fonseca
> produção
MODAPORTUGAL